O texto indica que, no Nordeste açucareiro dos séculos XVI e XVII
Questões de Conhecimentos Gerais na Fuvest
22. (Fuvest 2024) “Na coluna do ativo como na do passivo, seria difícil exagerar o papel do açúcar na história do Brasil colonial. Se ele foi o produto que proporcionou a base inicial solidamente econômica para o esforço do colonizador, foi também o que plasmou o regime de propriedade latifundiária, instalou a escravidão africana na América portuguesa e, no seu exclusivismo, inibiu o desenvolvimento da policultura (...), embora estimulando, em áreas apartadas, a pecuária e a lavoura de subsistência. (...) Ele desenvolveu um estilo de vida que marcou a existência de todas as camadas da população que integrou, reservando, contudo, seus privilégios a uns poucos.”
MELLO, Evaldo Cabral de. Um imenso Portugal: História e historiografia. São Paulo: Ed. 34, 2002. p.110.
O texto indica que, no Nordeste açucareiro dos séculos XVI e XVII,
- a mão de obra de escravizados de origem africana e indígena era empregada nos canaviais, na pecuária e na lavoura de subsistência.
- a distribuição de terras baseava-se na concessão, pela Coroa portuguesa, de privilégios e pequenos lotes a donatários.
- os privilégios concentravam-se nas mãos dos senhores de engenho, em detrimento da população escravizada ou livre e pobre.
- o desenvolvimento de relações socioeconômicas fundadas na horizontalidade recebia estímulos governamentais.
- o modo de produção feudal prevaleceu na exploração agrícola pela metrópole.
Resposta: C
Resolução: O texto menciona que o açúcar plasmou o regime de propriedade latifundiária, instalou a escravidão africana na América portuguesa e reservou privilégios a alguns poucos. Isso sugere que os senhores de engenho, como detentores das plantações de açúcar, concentravam os privilégios, em detrimento da população escravizada ou livre e pobre.