Na Nova Holanda, comunidade do Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, terraços cobertos por alumínio e fibrocimento (antigo amianto) predominam, em comparação com os de PVC, mais caros
Questões de Geografia na UERJ 2024
58. (UERJ 2024) Na Nova Holanda, comunidade do Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, terraços cobertos por alumínio e fibrocimento (antigo amianto) predominam, em comparação com os de PVC, mais caros. E aquecem mais durante os dias de calorão turbinado pelo aquecimento global. Segundo a tese de doutorado do arquiteto e urbanista Lucivaldo Dias Bastos, predominam temperaturas mais elevadas sob as telhas mais baratas até mesmo em relação a um ponto medido na avenida Brasil, próximo à favela, apesar da quantidade de cimento e da falta de árvores na via expressa. O estudo revela uma dura realidade: os que vivem em áreas carentes sofrem mais os efeitos do calor do que aqueles que moram em localidades consideradas mais nobres. Áreas dos subúrbios da Central e da Leopoldina – onde estão os complexos da Maré, da Penha e do Alemão – são as mais quentes da cidade, levando em conta tanto a temperatura da superfície, captada por satélites, como a do ar, registrada por aferições de campo.
SELMA SCHMIDT
Adaptado de O Globo, 07/01/2024.
A reportagem relata um fenômeno que é espacialmente diferenciado.
Isso se deve a uma situação de:
- inversão térmica
- injustiça ambiental
- poluição atmosférica
- macrocefalia urbana
Resposta: B
Resolução: O texto fala sobre como a população das áreas mais pobres da cidade do Rio de Janeiro sofre mais com o aquecimento devido ao uso de materiais de construção inadequados e a falta de planejamento urbano adequado. Isso se enquadra no conceito de injustiça ambiental, onde comunidades carentes enfrentam os piores impactos das mudanças climáticas e degradação ambiental.