D. Fernanda é a única personagem do romance dotada de “simpatia universal”, fazendo com que atue como elemento de contraste em relação às demais personagens
Questões de Literatura na UERJ 2024
AS QUESTÕES 09 A 22 REFEREM-SE AO LIVRO QUINCAS BORBA, DE MACHADO DE ASSIS (Rio de Janeiro: EdUERJ, 2024), publicado pela primeira vez em 1891.
20. (UERJ 2024) Capítulo CLXXXVIII D. Fernanda é a única personagem do romance dotada de “simpatia universal”, fazendo com que atue como elemento de contraste em relação às demais personagens.
Uma passagem do romance que ilustra esse contraste está transcrita em:
- D. Fernanda levou o marido para um gabinete, e, à força de beijos, consolou-o daquele golpe. Ao almoço, já ele sorria, ainda que de um sorriso pálido;
- No domingo seguinte, D. Fernanda foi à igreja de Santo Antônio dos Pobres. Acabada a missa, viu surgir do movimento dos fiéis que se cumprimentavam entre si, ou saudavam o altar, nada menos que o primo, ereto, risonho, gravemente trajado, estendendo-lhe a mão.
- A compaixão de D. Fernanda tinha-a impressionado muito; achou-lhe um quê distinto e nobre, e advertiu que se a outra, sem relações estreitas nem antigas com Rubião, assim se mostrava interessada, era de bom tom não ser menos generosa.
- Quincas Borba acudiu ao chamado, não pulando, nem alegre. D. Fernanda inclinou-se, perguntou-lhe pelo amigo, se estava longe, se queria ir vê-lo.
Resposta: C
Resolução: D. Fernanda é retratada como uma personagem de "simpatia universal", em contraste com os demais personagens que são mais egoístas ou interesseiros. A passagem que ilustra esse contraste é a que fala sobre a compaixão de D. Fernanda, ao se mostrar interessada e generosa em relação a Rubião, mesmo sem ter uma relação próxima com ele. Isso destaca sua natureza distinta e nobre.