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A realidade é boa, o realismo é que não presta para nada

Questões de Literatura na UERJ 2024


AS QUESTÕES 09 A 22 REFEREM-SE AO LIVRO QUINCAS BORBA, DE MACHADO DE ASSIS (Rio de Janeiro: EdUERJ, 2024), publicado pela primeira vez em 1891.

22. (UERJ 2024) “A realidade é boa, o realismo é que não presta para nada.”

A declaração acima foi publicada por Machado de Assis num artigo de jornal.

A frase do narrador de Quincas Borba que melhor se associa à declaração acima é a seguinte:

  1. A imaginação não podia mais, e a realidade próxima atraiu-lhe a vista.
  2. Já é muito concertar farrapos de realidade.
  3. Rubião, na rua, voltou a cabeça para todos os lados, a realidade apossava-se dele e o delírio esvaía-se.
  4. Rubião precisava de um pedaço de corda que o atasse à realidade, porque o espírito sentia-se outra vez presa da vertigem.

Resposta: B

Resolução: A frase escolhida da obra "Quincas Borba" deve refletir a visão crítica de Machado de Assis sobre o realismo. A declaração "A realidade é boa, o realismo é que não presta para nada" sugere uma crítica à maneira como o realismo tenta representar a realidade de forma rigorosa e objetiva, muitas vezes ignorando a subjetividade humana. Entre as opções, a frase que melhor expressa essa crítica é a seguinte: - Alternativa B: "Já é muito concertar farrapos de realidade." Essa frase destaca a dificuldade de representar a realidade de maneira coesa e completa, sugerindo que o realismo é fragmentado e imperfeito, alinhando-se com a crítica de Machado ao movimento.