Ora, Ora

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1. (Enem 2016) Soneto VII

Onde estou? Este sítio desconheço:

Quem fez tão diferente aquele prado?

Tudo outra natureza tem tomado;

E em contemplá-lo tímido esmoreço.

Uma fonte aqui houve; eu não me esqueço

De estar a ela um dia reclinado:

Ali em vale um monte está mudado:

Quando pode dos anos o progresso!

Árvores aqui vi tão florescentes

Que faziam perpétua a primavera:

Nem troncos vejo agora decadentes.

Eu me engano: a região esta não era;

Mas que venho a estranhar, se estão presentes

Meus males, com que tudo degenera.

(COSTA, C.M. Poemas. Disponível em www.dominiopublico.gov.br. Acesso em 7 jul 2012)

No soneto de Claudio Manuel da Costa, a contemplação da paisagem permite ao eu lírico uma reflexão em que transparece uma

  1. angústia provocada pela sensação de solidão.
  2. resignação diante das mudanças do meio ambiente.
  3. dúvida existencial em face do espaço desconhecido.
  4. intenção de recriar o passado por meio da paisagem.
  5. empatia entre os sofrimentos do eu e a agonia da terra.

Resposta: E

Resolução: No soneto de Claudio Manuel da Costa, a contemplação da paisagem permite ao eu lírico refletir sobre a empatia entre seus próprios sofrimentos e a agonia da terra. O orador está em um lugar desconhecido e não consegue reconhecê-lo. As mudanças na natureza são descritas como uma metáfora para o passar do tempo e para a declinação do próprio orador. Eles recordam um tempo em que o lugar era diferente, quando havia uma fonte e árvores florescentes que simbolizavam uma primavera eterna, mas agora as árvores desapareceram e o orador fica para contemplar sua própria declinação. O soneto é uma reflexão sobre a transitoriedade da vida e a inevitabilidade do mudança e decadência.