Ora, Ora

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Contudo a Agatha Edu se mantém essencialmente com a renda gerada por anúncios, desativa aí rapidinho, parça. 😀

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02. (Enem PPL 2017) Chamou-me o bragantino e levou-me pelos corredores e pátios até ao hospício propriamente. Aí é que percebi que ficava e onde, na seção, na de indigentes, aquela em que a imagem do que a Desgraça pode sobre a vida dos homens é mais formidável. O mobiliário, o vestuário das camas, as camas, tudo é de uma pobreza sem par. Sem fazer monopólio, os loucos são da proveniência mais diversa, originando-se em geral das camadas mais pobres da nossa gente pobre. São de imigrantes italianos, portugueses e outros mais exóticos, são os negros roceiros, que teimam em dormir pelos desvãos das janelas sobre uma esteira esmolambada e uma manta sórdida; são copeiros, cocheiros, moços de cavalariça, trabalhadores braçais. No meio disto, muitos com educação, mas que a falta de recursos e proteção atira naquela geena social.

(BARRETO, L. Diário do hospício e O cemitério dos vivos. São Paulo: Cosac & Naify, 2010)

No relato de sua experiência no sanatório onde foi interno, Lima Barreto expõe uma realidade social e humana marcada pela exclusão. Em seu testemunho, essa reclusão demarca uma:

  1. medida necessária de intervenção terapêutica.
  2. forma de punição indireta aos hábitos desregrados.
  3. compensação para as desgraças dos indivíduos.
  4. oportunidade de ressocialização em um novo ambiente.
  5. conveniência da invisibilidade a grupos vulneráveis e periféricos.

Resposta: E

Resolução: No relato de Lima Barreto, ele descreve sua experiência no sanatório onde foi interno e expõe uma realidade social e humana marcada pela exclusão. Ele mostra como os loucos internados são provenientes das camadas mais pobres da sociedade, como imigrantes, negros roceiros, trabalhadores braçais e pessoas com educação, mas sem recursos e proteção. Essa reclusão é vista como uma forma de invisibilizar esses grupos vulneráveis e periféricos, mostrando como a sociedade os exclui e os esconde.