(UECE) “O mal está sempre na alma dos outros” (linhas 60-61). Há alguns ditos populares que têm alguma relação com essa frase axiomática.
Texto 2
O texto que você lerá é um excerto retirado do primeiro parágrafo do artigo de opinião “Com um braço só”, escrito por J. R. Guzzo, que trata da corrupção na política.
Um dos aspectos menos atraentes da
[50] personalidade humana é a tendência de
muitas pessoas de só condenar os vícios que
não praticam, ou pelos quais não se sentem
atraídas. Um caloteiro que não fuma, não
bebe e não joga, por exemplo, é
[55] frequentemente a voz que mais grita contra
o cigarro, a bebida e os cassinos, mas fecha
a boca, os ouvidos e os olhos, como os três
prudentes macaquinhos orientais, quando o
assunto é honestidade no pagamento de
[60] dívidas pessoais. É a velha história: o mal
está sempre na alma dos outros. Pode até
ser verdade, infelizmente, quando se trata
da política brasileira, em que continua
valendo, mais do que nunca, a máxima
[65] popular do “pega um, pega geral”.
Extraído do artigo ”Com um braço só”, de J.R. Guzzo. VEJA. 21/08/2013.
03. (UECE) “O mal está sempre na alma dos outros” (linhas 60-61). Há alguns ditos populares que têm alguma relação com essa frase axiomática. Assinale a opção cujo enunciado está em DESACORDO com a frase em destaque.
- Macaco, olha pro teu rabo.
- Quem tem telhado de vidro não atira pedra no telhado do vizinho.
- Quem tem rabo de palha não se senta junto ao fogo.
- Quem cospe para cima na cara lhe cai.
Resposta: D
Resolução: Essa afirmação está em desacordo com a frase "o mal está sempre na alma dos outros", pois o dito popular "quem tem rabo de palha não se senta junto ao fogo" alerta para o perigo de se aproximar de pessoas desconfiáveis ou suspeitas, enquanto a frase "o mal está sempre na alma dos outros" sugere que as pessoas tendem a atribuir os problemas ou falhas aos outros, mas não a si próprias. Ambos os enunciados tratam de questões de confiança ou honestidade, mas a mensagem de cada um é diferente e não estão em acordo.