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(UFG) O artigo de opinião suscita o debate a respeito da alienação política dos jovens brasileiros na faixa etária entre 16 e 17 anos.

Texto para as duas próximas questões

Uma revolução em cinco minutos

Usar a tecnologia para construir um mundo melhor tem seu lado frívolo. Mas, felizmente, também tem um lado bem sério. Principalmente na política. A tecnologia pode ajudar governos a adotar medidas que beneficiam a população.

Avanços tecnológicos facilitaram a criação de ferramentas que ajudam não só a promover a cidadania, mas também a vigiar, a reportar e a agir contra a restrição dos direitos civis. Por isso, pode-se argumentar que está cada vez mais difícil manter um governo injusto e cada vez mais fácil se rebelar contra regimes antidemocráticos.

Se você quiser monitorar os países onde há desrespeito à democracia, uma das melhores ferramentas é o projeto ChokePoint.

Inspirado nos acontecimentos no Egito e na Líbia, o ChokePoint (chokepointproject.net) é uma plataforma que expõe o intercâmbio de informação entre países. Se houver uma parada súbita no tráfego de dados, o sistema alerta sobre um provável corte da liberdade de expressão naquele país. [...]

E se você quiser organizar um protesto?

Aqui entra a tecnologia também. Em agosto, manifestantes contra o governo usaram em Londres o API do GoogleMaps para mostrar, em tempo real, por quais ruas a polícia estava se aproximando. [...]

Mas se você não mora em áreas de conflito e protesto não é seu estilo, há várias maneiras de usar a tecnologia para facilitar o engajamento. Em sites como o Change.org (change.org) é possível reunir milhares de pessoas para assinar uma petição. Em sites locais, como o FixMyStreet (fixmystreet.com) ou eDemocracy (forums.e-democracy. org/about), é possível discutir problemas da comunidade e acionar as autoridades.

É claro que a tecnologia também pode ser usada para terrorismo, mas a maioria da população é contra esse tipo de atividade. É gratificante saber que podemos contar com a tecnologia para engajar grupos que vão provocar mudanças, sejam para a denúncia de buracos na sua rua ou a derrubada de regimes ditatoriais. O mundo conectado é capaz de construir uma sociedade mais justa.

Fonte: LARIU, Alessandra. Uma revolução em cinco minutos. INFO, Nov. 2011, p.52. (adaptado)

06. (UFG) Texto 2

Alienação política de jovens é tendência mundial

Embora o número de eleitores aptos ao voto facultativo, com 16 e 17 anos de idade, tenha aumentado em relação à última eleição, em 2010, a percepção é que há um desinteresse dos jovens nessa faixa etária em relação à eleição deste ano.

A avaliação é do cientista político Eurico de Lima Figueiredo, da Universidade Federal Fluminense (UFF). Para ele, essa percepção não é só restrita ao Brasil. "A desmotivação é mundial", disse. "rece que nós vivemos uma época em que os jovens encontram soluções que já estão dadas", completou.

Figueiredo acredita, no entanto, que principalmente agora, na Europa, haverá um recrudescimento da participação juvenil na tentativa de encontrar soluções para os novos problemas colocados pela crise econômica. "A tradição mostra que são os jovens que mais reagem a situações de crise, inclusive porque eles trazem dentro de si o futuro e reconhecem nas situações críticas do presente o que não deve ser feito e o que precisa ser mudado".

No caso do Brasil, analisou que a última participação forte da juventude na política ocorreu com a geração dos "caras pintadas", que foram às ruas pelo impeachment de Fernando Collor, da Presidência da República (1992). Por isso, reiterou que a desmotivação é uma tendência geral do mundo, que vive uma situação que, "para o jovem, é relativamente confortável".

Segundo o professor de pós-graduação em ciência política da UFF, há uma ideologia espalhada no ar, que se denomina pós-modernismo, onde se cultiva muito o individualismo, em vez das preocupações coletivas e sociais. E isso tudo influencia o comportamento juvenil. "Por isso, não é de se estranhar que haja essa desmotivação", declarou.

Vinicius de Sá Machado foge a essa regra. Morador de São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro, o estudante de 17 anos lamentou ter perdido o prazo para tirar o título de eleitor para poder votar no próximo domingo (7). Ele se definiu motivado. "Os candidatos todos despertam o interesse. Mas muitos prometem e não fazem nada", disse à Agência Brasil. "Eu queria votar para ajudar a minha cidade", acrescentou.

O presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Daniel Iliescu, chamou a atenção para o fato de que, apesar de o número percentual de jovens entre 16 e 18 anos incompletos com inscrição eleitoral não ser tão expressivo, "ano a ano, nas eleições, nunca tantos jovens estiveram aptos a votar". "

Por essa razão, definiu como relativo o dado que aponta uma desmotivação dos eleitores de 16 e 17 anos para o pleito deste ano. Destacou que o voto para menores de 18 anos foi um direito conquistado na Constituição de 1988. "É um direito caro para o país e uma forma importante de os jovens entrarem em contato com a cidadania e com seus deveres enquanto cidadãos para opinarem sobre a política em seu país".

GANDRA, A. Disponível em: <http: //www.jb.com.br>. Acesso em: 3 out. 2012. (Adaptado).

O artigo de opinião suscita o debate a respeito da alienação política dos jovens brasileiros na faixa etária entre 16 e 17 anos. Que trecho do texto traz o argumento que explica a percepção do desinteresse desses eleitores em relação à votação do dia 7 de outubro de 2012?

  1. “A tradição mostra que são os jovens que mais reagem a situações de crise”.
  2. “eles trazem dentro de si o futuro e reconhecem nas situações críticas do presente o que não deve ser feito e o que precisa ser mudado”.
  3. “há uma ideologia espalhada no ar, que se denomina pós-modernismo, onde se cultiva muito o individualismo”.
  4. “Os candidatos todos despertam o interesse. Mas muitos prometem e não fazem nada”.
  5. “É um direito caro para o país e uma forma importante de os jovens entrarem em contato com a cidadania e com seus deveres”.

Resposta: C

Resolução: O texto 2 é um artigo jornalístico que trata da alienação política de jovens como uma tendência mundial. O cientista político Eurico de Lima Figueiredo afirma que essa desmotivação não é exclusiva do Brasil e que os jovens encontram soluções prontas para os problemas atuais. Ele também menciona o pós-modernismo e o individualismo como fatores que influenciam o comportamento juvenil e contribuem para essa desmotivação. Por outro lado, o estudante Vinicius de Sá Machado se declara motivado e interessado em ajudar sua cidade através do voto. O presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Daniel Iliescu, ressalta que, apesar de o percentual de jovens com idade entre 16 e 18 anos incompletos com inscrição eleitoral não ser expressivo, há um aumento anual no número de jovens aptos a votar. Ele também menciona a importância de se trabalhar a formação cidadã e política dos jovens para incentivar a participação política.