(UNESP) A utilização de fantasia pelo sistema de crença que reafirma o capitalismo ocorre a partir do consenso popular que é realizado por meio da conquista, pelos assalariados, de bens simbólicos, de expectativas e de interesses
01. (UNESP) A utilização de fantasia pelo sistema de crença que reafirma o capitalismo ocorre a partir do consenso popular que é realizado por meio da conquista, pelos assalariados, de bens simbólicos, de expectativas e de interesses. Assim sendo, o sistema de crença no consumo não opera sobre programas concretos e imediatos, mas sim a partir de imagens criadas pela publicidade e pela propaganda, que são fomentadas exclusivamente pela base econômica da sociedade; daí a permanente busca de realização econômica como sinônimo de todas as outras realizações ou satisfações. Por isso é que nos roteiros de cenas a comunicação sempre espelha a positividade. Não há dor, nem crueldade, nem conflito, nem injustiça, nem infelicidade, nem miséria. A seleção e associação de signos são trabalhadas para nem de longe sugerir dúvidas no sistema de crença no consumo. O jovem rebelde é bonito, forte, penteado e vestido com grife divulgada; o belo casal transpira boas expectativas de vida no calor do forno de micro-ondas ou na certeza de um seguro de vida ou mediante uma assistência médica eficiente; uma supercriança lambe nos superdedos a margarina de uma família feliz. (Solange Bigal. O que é criação publicitária ou
(O estético na publicidade), 1999. Adaptado.)
De acordo com o texto, no universo publicitário, a estética exerce sobretudo o papel de
- denunciar as condições opressivas de vida existentes no capitalismo.
- criticar os mecanismos de sedução exercidos pela indústria cultural.
- veicular imagens de caráter ideológico manipuladoras do desejo.
- efetivar processos formadores do senso crítico sobre a realidade.
- questionar os estereótipos hegemônicos na sociedade de classes.
Resposta: C
Resolução: O texto menciona que o sistema de crença no consumo opera através de imagens criadas pela publicidade e pela propaganda, as quais são fomentadas pela base econômica da sociedade. A estética na publicidade, portanto, desempenha o papel de veicular imagens que manipulam o desejo do público, buscando criar uma conexão emocional com produtos e estilos de vida associados ao consumo.