(UNESP) O fato relatado pode ser explicado em função da
07. (UNESP) A escola que se autointitula a primeira colocada no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ocupa, ao mesmo tempo, a 1a e a 569a posição no ranking que a imprensa faz com os resultados do Enem. A escola separou numa sala diferente os alunos que acertavam mais questões em suas provas internas. Trouxe, inclusive, alguns alunos de suas franquias pela Grande São Paulo. E “criou” uma outra escola (abriu outro CNPJ), mesmo estando no mesmo espaço físico. E de lá pra cá esta ‘outra escola’ todo ano é a primeira colocada no Enem. A 569a posição é a que melhor reflete as condições da escola. O 1o lugar é uma farsa. A primeira colocada no Enem NÃO é uma escola, é uma artimanha jurídica que faz com que os alunos tenham suas notas computadas em duas listas diferentes. Todos estudam no mesmo prédio, com os mesmos professores, com o mesmo material, no mesmo horário, convivendo no mesmo pátio e no mesmo horário de intervalo.
No Brasil todo temos centenas de escolas que trabalham com a regra na mão para tentar parecer que são a melhor e depois divulgar, em suas propagandas, que são a melhor escola do país, do estado, da região, da cidade e, em cidades grandes, como várias capitais, até mesmo que é a melhor escola de um determinado bairro.
(Mateus Prado. “Escola campeã do Enem ocupa, ao mesmo tempo, o 1o e o 569o lugar do ranking”. O Estado de S.Paulo, 26.12.2014. Adaptado.)
O fato relatado pode ser explicado em função da
- hegemonia dos critérios instrumentais da empresa capitalista em alguns setores da educação.
- falência da meritocracia como critério de acesso ao ensino superior na sociedade atual.
- priorização de aspectos humanísticos, em detrimento da preparação para o mercado de trabalho.
- resistência dos educadores à transformação da escola em instrumento de reprodução ideológica.
- separação rigorosa entre os âmbitos da educação e da publicidade na sociedade capitalista.
Resposta: A
Resolução: O texto descreve uma situação em que uma escola adotou estratégias para manipular os resultados do Enem, visando posicionar-se de forma vantajosa nos rankings e promoções publicitárias. Isso reflete uma abordagem instrumental e orientada para resultados da educação, influenciada pela lógica capitalista, onde a escola busca maximizar sua visibilidade e atratividade através de táticas que não refletem necessariamente a qualidade educacional real.