É preciso conhecer as formas, a verdade e a razão de tudo o que existe no mundo sensível. Tudo o que
04. É preciso conhecer as formas, a verdade e a razão de tudo o que existe no mundo sensível. Tudo o que nasce e desaparece não pode ser considerado o ser de maneira plena. Neste mundo, tudo é instável, pois se transforma com o tempo. A verdade é o lugar para onde devemos retornar, pois viemos dela, das formas inteligíveis e das essências. Estas asserções referem-se a qual modelo alegórico proposto por Platão?
- O mito da Caverna
- O contrato Social
- A República
- A maiêutica
- A Paidéia
Resposta: A
Resolução:
Explicação:
As asserções apresentadas se referem ao mito da Caverna, uma alegoria presente no livro VII da República de Platão.
Análise das asserções e sua relação com o mito da Caverna:
"É preciso conhecer as formas, a verdade e a razão de tudo o que existe no mundo sensível."
No mito da Caverna, Platão distingue entre o mundo sensível, composto pelas aparências imperfeitas e mutáveis que percebemos com os sentidos, e o mundo inteligível, formado pelas Formas perfeitas e imutáveis. As Formas são as essências das coisas, os modelos eternos que dão origem às aparências do mundo sensível. O conhecimento verdadeiro consiste em alcançar as Formas, transcendendo as ilusões do mundo sensível.
"Tudo o que nasce e desaparece não pode ser considerado o ser de maneira plena."
Platão argumenta que os objetos do mundo sensível estão em constante mudança, nascendo e perecendo. Por serem mutáveis, não podem ser considerados realidades plenas e autênticas. A verdadeira realidade reside nas Formas, que são eternas e imutáveis.
"Neste mundo, tudo é instável, pois se transforma com o tempo."
A instabilidade e a mutabilidade do mundo sensível são características marcantes na alegoria da Caverna. Os prisioneiros na caverna acreditam que as sombras na parede são a realidade, mas estas sombras são apenas ilusões imperfeitas da realidade verdadeira, as Formas.
"A verdade é o lugar para onde devemos retornar, pois viemos dela, das formas inteligíveis e das essências."
Platão acreditava que a alma humana existia no mundo inteligível antes de nascer neste mundo. Ao nascer, a alma "esquece" o conhecimento das Formas e fica presa no mundo das aparências. O objetivo da filosofia, segundo Platão, é libertar a alma da prisão do mundo sensível e guiá-la de volta ao mundo inteligível, onde reside a verdade.
Outras alternativas e por que estão incorretas:
O contrato Social: obra de Jean-Jacques Rousseau, não relacionada à filosofia de Platão.
A República: obra de Platão que contém o mito da Caverna, mas não se resume a ele.
A maiêutica: método socrático de ensino, não uma alegoria.
A Paidéia: conceito grego de educação, não uma alegoria específica.